Artigo de opinião de Sofia Nunes, docente da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa.
Existe desde sempre uma relação entre a enfermagem e a liberdade, pois considera-se não só o respeito pela autonomia e a dignidade da pessoa humana, mas também as liberdades do enfermeiro. Destaca-se o importante marco que foi a greve dos enfermeiros de 1976, existindo uma união que possibilitou a agregação de uma profissão dividida pelo tempo, mas que se destacava pelos cuidados exercidos.
A consciencialização profissional levou a uma nova afirmação da disciplina no final da década de 90, motivada pela criação da Ordem dos Enfermeiros e pelo estatuto de licenciado. Assim, os enfermeiros libertam-se de um círculo agregador que não permitia o desenvolvimento total da profissão e onde passam a adotar uma diferente conceção de cuidados, centrada nas pessoas e na realização do cuidado técnico e humanizado.