Artigo de Opinião por Maria Clara Braga, Assistente Convidada da Escola de Enfermagem (Porto).
O Dia Mundial da Criança surgiu como uma iniciativa das Organização das Nações Unidas (ONU) em 1950 e tinha como intuito dar a conhecer as dificuldades então vivenciadas pelas crianças de todo o mundo. Em diversos países é celebrado no dia 1 de junho, contudo o dia é assinalado pela ONU a 20 de novembro, data em que no ano de 1959 foram aprovados pela Assembleia-Geral da ONU os Direitos da Criança. Em 1989, no mesmo dia (20 de novembro) foi adotada pela Assembleia-Geral da ONU a Convenção dos Direitos da Criança que Portugal ratificou em 21 de setembro de 1990.
Com este mote nasce assim uma ótima oportunidade para refletir sobre a qualidade de vida da criança. Em Portugal, há demasiadas famílias em situação de pobreza ou no seu limiar. Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) percebe-se que numa família com mais estudos a probabilidade de a criança/jovem vir a ter um curso superior e consequentemente poder ter acesso a uma melhor qualidade de vida. No entanto e também através dos dados do INE o aumento da pobreza “abrangeu todos os grupos etários, embora de forma mais significativa os menores de 18 anos” (INE, 2024). Assim torna-se premente neste dia e em todos os dias realizarem-se ações que de alguma forma diminuam o flagelo da pobreza da criança, além, e apenas, das festas e atividades que se multiplicam com o intuito de comemorar o Dia Mundial da Criança.